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Comércio de Rua

SAMPA-UM MOSAICO DE HORROR!!!

2024

NOVA ELEIÇÃO PARA ALCAIDE, E VEREANÇAS EM SAMPA.

TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES?  TALVEZ SIM, TALVEZ NÃO!

Esperança Renovada!

*Edison Farah

 

21 de abril de 2024

Dia do Tiradentes,  o símbolo da libertação neste ano da graça de 2024, que  chora no astral em que estiver, com o extermínio em curso da liberdade neste Brasil pela qual morreu, traído á época, como traídos são agora os verdadeiros estadistas e patriotas, pela camarilha que se apossou das instituições nesta que foi a Terra da Santa Cruz, e que hoje está sob o domínio do MAL.

 

Muita coisa continua na mesma em grande parte da cidade, embora tenha havido expressiva melhoria na qualidade da gestão municipal na administração Gilberto Kassab. (2006-2012)

 

Um dos exemplos de que Kassab enfrentou predadores é a Lei “Cidade Limpa”, contra o lobby das empresas de marketing que emporcalhavam a cidade, e destruíam a paisagem. E  estabeleceu uma zeladoria digna de uma metrópole, e controlou com mão de ferro as subprefeituras, que costumeiramente são loteadas entre os partidos em troca de apoio politico na Câmara Municipal.

 

Todavia, em seguida vieram estes 9 fatídicos anos (2013-2021),  com alcaides medíocres, com regressão aguda da civilidade nesta infeliz megalópole que, qual as prostitutas, tem sido submetida à escravidão sob seus cafetões, no caso os escroques lacaios do capital criminoso predatório que domina esta cidade desde sempre, investindo na especulação imobiliária, no ilícito sob suas diversas faces, do comércio ilegal ao tráfico de drogas e pessoas, da usurpação do espaço público à destruição ambiental.

 

 

Todavia, estamos tendo nestes 3 anos da administração Ricardo Nunes uma sincera tentativa de reverter a debacle de Sampa. Coadjuvado pela firme decisão do governador Tarcísio de Freitas, e do Secretário da Segurança Pública do Estado, Capitão Derrite,  o prefeito, e seu secretariado, têm se mostrado dispostos a enfrentar esta guerra.

 

Porém a oposição de partidos, de políticos, de ONGs,  de igrejas, para os quais a degradação é  insumo para sucesso dos seus objetivos ideológicos,  e mesmo de lucro, e também de uma mídia aparelhada e financiada pelo crime, mormente pelo narcotráfico, há um retardo na implementação de medidas saneadoras eficazes, como a tolerância zero para qualquer tipo de ilícito, e para o que os arautos da impunidade chamam de “pequenos crimes”, e também a inevitável internação compulsória dos dependentes químicos que perderam a racionalidade.

 

Mas, o Governador Tarcísio de Freitas, e o Prefeito Ricardo Nunes, têm se mostrado decididos a enfrentar a situação. Então, o que deve a sociedade civil organizada é hipotecar apoio irrestrito ao governador e ao prefeito nesta cruzada, e participar ativamente desse processo de resgate da cidade para seus cidadãos, cidade esta  em que algumas estruturas governamentais parecem tomadas pelo crime organizado, como ficou patente com a Operação FIM DE LINHA, destes dias, do Ministério Público Paulista, que descortina e expõe  a infiltração de ladravazes, gangsteres mesmo, na gestão da maior cidade da América Latina, e como a Operação LAVA JATO expôs, com toda a clareza, como tem sido a gestão deste País nestes anos da tal “CONSTITUIÇÃO CIDADÔ, do utópico Ulysses Guimarães.

Ministério Público de São Paulo/GAECO/Operação “Fim de Linha”

Temos algum otimismo de que essa era nefasta esteja chegando ao fim pelo despertar dos  cidadãos de bem, que estão se organizando de forma eficaz para pôr término ao predomínio do crime nesta metrópole. E no Brasil!!!

 

Na hierarquia dos piratas que destroem Sampa, e o Brasil,  estão os partidos políticos engendrados pelo sistema eleitoral fake que vige no Brasil. Estes partidos, todos, nada mais são do que organizações adrede  estruturadas para o saque ao Tesouro. Alguns se destacam como os mais predatórios, grandes partidos, desnecessário nominá-los pois são diuturnamente citados nas paginas policiais, e o povo sabe bem identificá-los,  e as outras dezenas de legendas de aluguel, que o infame sistema eleitoral  brasileiro permite a criação, justamente para oficializar o ingresso na vida pública de todos os tipos de malandréus que conformam o ideário do crime planetário. E estas confrarias são impregnadas da ideologia que prega a destruição do convívio civilizado, o que é essencial para atingir seus projetos de dominação da humanidade. Ideologia para a qual os valores da civilização de beleza, de bem estar, de ordem e segurança, de solidariedade, de compaixão, são óbices. Precisam que as pessoas se tornem brutas, estúpidas, feias, egoístas. Espancam os direitos difusos, estes aos quais todos temos direito: qualidade de vida, ambiente saudável e seguro, patrimônio histórico e ambiental resguardado. Destroem o necessário pertencimento que cada cidadão deve ter com sua origem, seu habitat, sua história pessoal, familiar, e coletiva, com o grupo social em que se inclui. E pior, todos em sociedade,  unidos, no saque ao Tesouro Nacional, na engenharia engendrada nas mais diversas estratégias para aferição para seus apaniguados de propinas advindas das licitações fraudulentas, do  desvio de recursos do orçamento,  além das aliança explícita  com o crime organizado, mormente com o narcotráfico latino americano.  Exemplo cabal é como votam em uníssono no Congresso Nacional, quando se trata da apropriação dos recursos públicos do Tesouro, através as tais emendas parlamentares, um escândalo jamais visto em qualquer país realmente democrático e com gestão honesta.

 

 

Temos tido o Executivo Paulistano, com raríssimas exceções nos últimos 50 anos, -um Faria Lima, um Figueiredo Ferraz,  um Jânio Quadros, um Mário Covas-, ocupado por gente menor, por negociantes que venderam a cidade. Sobre a  Câmara Municipal, então, o que dizer? Nas últimas décadas, as legislaturas da Câmara Municipal de São Paulo fizeram corar os fantasmas dos senadores de Calígula tamanha a venalidade com que pariram (do verbo parir, sim) legislação para facilitar e acobertar a espoliação da cidade. Exemplo cabal são as diversas reformas do plano diretor da cidade, sempre mais facilitadoras da especulação imobiliária, negociando-se sempre com as empreiteiras, que têm domínio absoluto do processo que se diz democrático, com o teatro das ridículas audiências públicas adrede manipuladas para dar imagem de participação popular, onde as demandas do povo são muito bem vidas, pois incrementam o valor da negociata entre os donos do poder e os empresários interessados em aumentar  ao infinito seus lucros com a predação da cidade, sempre à revelia do interesse dos cidadãos, arruinando bairros tradicionais inteiros, e a urbe sob todos os prismas, desde  a necessária infraestrutura, a universalização do saneamento e dos serviços públicos, o fornecimento de energia, até a constante destruição  da paisagem e do patrimônio histórico e arquitetônico que resta.

 

E por trágico, ainda temos uma parte do Judiciário  também empalmada por ideologias espúrias, e muita vez, a serviço explícito do crime, como vemos nas constantes liberações de chefes das diversas facções criminosas em ação no país.

 

No caso do comércio na rua, sabemos que é todo produto de roubo, escravocrata, predatório, e submetido às regras do crime organizado. Ainda há a  usurpação do espaço público, todavia esta questão do loteamento do espaço público hoje está muito mais aguda ainda pela desfaçatez com que as bancas de jornais se tornaram lojas abertas comerciando todo tipo de mercadorias e serviços. O sofisma utilizado para instalação de bancas de jornais, diga-se de passagem, não existe isso em países civilizados,  era de que a distribuição de jornais e revistas seria serviço de utilidade pública.  Pois bem, com o advento da era digital, jornais e revistas físicos, impressos,  quase não existem mais, e quase ninguém mais os compra. E então aquelas centenas, milhares de bancas, se transformaram em lojas no espaço público privilegiado, em desleal concorrência com o comércio estabelecido, vez que nem devem ter suas situação tributária legalizada. E, óbvio, venda de mercadorias e serviços não se qualificam como utilidade pública para ocupar espaço público. E mais, pasmem, agora, do nada, de uns anos para cá, em mais um privilégio absurdo para determinada ramo da economia, bares e restaurantes ocupam o leito carroçável  das ruas em todos os bairros. Isso é um absurdo sob qualquer aspecto que se analise a questão.  Isto é roubo do bem comum. É roubo, é vantagem indevida, é privilégio sem nenhuma justificativa plausível. E, como sempre na historia de Sampa, é a Câmara Municipal e o Executivo, cedendo a lobbies predatórios que estupram os direitos difusos de cada cidadão. Tudo típico de paisécos subdesenvolvidos, de republiquetas dominadas por embusteiros e parasitas.

 

E de desgoverno em desgoverno aqui em Sampa, todo esse horror é incentivado, predomina, e vai se consolidando definitivamente nesta urbe, que de urbe nada mais tem, tendo se transformado num acampamento: um horrível acampamento de desesperados.

 

E o ataque diuturno, de igrejas e ONGs, e da mídia venal, vendida ao crime, que compõem a bem estruturada cadeia do crime e da lavagem do dinheiro ilícito, continua muito vigoroso contra as autoridades que decidem enfrentá-los.

 

Estas mesmas igrejas e ONGs que defendem o “direito” das infelizes criaturas possuídas pelo vício ficarem nas ruas, desta gente se matar, e matar. A hipocrisia prevalente destes luminares que se arvoram intelectuais e humanistas  é algo surreal. Temos nessa fauna grotesca desde médicos, sociólogos, filósofos, até artistas e padres….

 

E o que é mais triste, com a cumplicidade de um Judiciário que, ingenuamente..?, aceita  os sofismas de sempre das quadrilhas  organizadas sob a bandeira do desemprego e do “deixem-nos trabalhar, temos família para sustentar….”, ou, “eles têm o *direito humano* de se decomporem vivos, nas sarjetas das metrópoles”.

 

É preciso dar um basta definitivo a esta catástrofe, e caberá ao Prefeito e ao Governador, e principalmente, à Câmara Municipal de São Paulo que se renovará nesta eleição de 2024, liderar o combate pelo resgate de São Paulo para os seus cidadãos, retomando a verdadeira geração de empregos pelas indústrias e empresas nacionais, revertendo todo esse arcabouço de permissividades predatórias que foram pirateando a coisa pública paulistana nos últimos anos.

 

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O texto abaixo, COMÉRCIO DE RUA,  foi escrito em 2001.

Repetido  em pronunciamento na Câmara Municipal  de São Paulo diversas vezes.

 

Leiam e entendam o que segue:

 

Comércio de Rua:             

Dezembro de 2001

 

DES  ECONOMIA

DES  EMPREGO

DES  URBANIZAÇÃO

DES  EDUCAÇÃO

IN   SEGURANÇA PÚBLICA

 

Os camelôs exercem uma atividade privada sobre o espaço público, prejudicando todos que o utilizam e servindo de modelo e pretexto para outras formas de violação desse espaço. Nesse e em outros sentidos (p. ex., por não recolher impostos), eles exercem uma “pedagogia negativa”, à medida que são tolerados e até adulados pelo poder público em nome da sua carência.

 

O comércio informal, na escala monstruosa em que é praticado em São Paulo, tem, na chamada economia do crime ou criminal (tráfico de drogas, contrabando, carga roubada, etc..), o seu aliado preferencial, a ponto de, hoje, se constituírem numa só unidade. Além disso, esse comércio reproduz, de forma exacerbada, as relações de exploração do trabalho que se enxerga no capitalismo mais arcaico.

 

Em estreita associação com a economia do crime, a sonegação de impostos, a ocupação abusiva dos espaços públicos e o suborno, o comércio dos camelôs configura uma nova categoria social que é:

parasitária, porque não contribui para o tesouro público e se instala no espaço público;

predatória, por arruinar logradouros, equipamentos urbanos e a economia formal;

geradora de violência, por sua natureza intrinsecamente deletéria e não solidária, e pela pressão sobre os transeuntes, moradores e comerciantes;

mantenedora e protetora do crime, por impedir a livre movimentação das polícias, por servir de escoadouro ao contrabando, à carga roubada, à pirataria de marcas, grifes, “CD’s”, etc., etc., e tráfico de drogas inclusive;

deseducadora, pois a aceitação desse conjunto de ilícitos como “inevitáveis”, fomenta e incentiva a criação de gerações inteiras de não-cidadãos, formados na filosofia da “pilantragem”, infensos à obediência das leis, causando portanto, a ruptura definitiva da governabilidade;

causadora de desemprego em larga escala, pois destrói, pelo contrabando, nossa pequena e média indústria, mormente nos ramos têxteis, brinquedos, calçados, eletroeletrônico, etc. As autoridades federais e estaduais que permitem este contrabando escancarado cometem crime de lesa-pátria. O lixo da Ásia, vendido em nossas ruas, dá emprego lá. E gera fome aqui!  

Da mesma forma que os traficantes, a “classe” subsiste do, e pelo crime, se agiganta e aos poucos substitui a cidade urbanizada e formal. A incúria das autoridades e sua leniência, ou cumplicidade, com estas atividades ilegais e danosas para nosso povo e nossa economia levaram à saturação de diversas áreas, especialmente na região central, numa verdadeira sublevação da ordem, transformando-as em “mercados persas”, onde as autoridades não têm nem mesmo espaço físico para exercer o poder de polícia, ou o controle militar da área e suas cercanias.

 

A rotina da cidade é caótica, e como tal, inadministrável, ideal para a prevalência do comportamento delinquente.

 

As propostas de regulamentação do comércio dos camelôs patrocinadas por vereadores acenam aos mesmos com um horizonte sem nuvens carregadas, como se esse comércio fosse autossustentável e compatível com a cidade e a economia formal. Todavia a atividade dos camelôs é profundamente desagregadora e não-solidária, contaminando as demais maneiras de se relacionar com os outros e com a cidade.

 

Burla ainda as relações de consumo da população de baixa renda, tornando letra morta os Códigos de Defesa do Consumidor, na medida que perpetua um modo primitivo, medieval, de relação comercial onde não há identificação cliente-vendedor-fornecedor.

 

Como consequência, cria-se uma categoria social que, da mesma forma que os traficantes, subsiste pelo crime. Estrutural e operacionalmente gerido pelo gangsterismo internacional e suas regras, gangsterismo este que envolve e corrompe, de um lado, autoridades: de fiscais a policiais, de ministros a magistrados; de outro e pior, submete e mantém a seu serviço contingente expressivo da população que nela entra iludida ou por desespero, pensando vir e se instalar “por conta própria”. Nova forma de escravidão, com o nome de “consignação”. O pretenso microempresário mercadeja sob comissão. Quando não presta contas, morre!

 

Mais uma demonstração de que se trata de crime organizado se vê através do morticínio rotineiro, quase semanal, de seus líderes menores. A cada momento, um mata o outro pelo controle de regiões e mercadorias.

 

O capitalismo financiador dessas atividades é um só, impessoal, internacional, conjugando todo o ilícito do planeta: armas, tráfico, prostituição, jogo, contrabando, roubo de carga, sequestro, caixa 2. É a economia da escravidão, hoje tão poderosa, na casa dos bilhões de dólares anuais, acima das nações.

 

A grande capa, o sofisma perfeito, tem sido a exclusão social. E, de fato, esta exclusão leva à existência dos milhões de criaturas que hoje, no planeta, por desinformação, pela crueldade dos gestores da economia mundial, e pela incapacidade de exercerem a cidadania plena, vêm na servidão ao capital criminoso sua única possibilidade de subsistência.

 

A cidade de São Paulo, através de seu histórico, tem sido quase que só objeto de exploração, como uma prostituta, cujos cafetões tem sido setores do estamento público municipal, estadual e mesmo federal, que  têm como cliente o capital predatório e míope, que transforma esta ex-urbe no acampamento de desesperados que é hoje.

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*Edison Farah, formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é economista, tributarista, jornalista.    

É Editor Chefe do Jornal digital CLUCAT PENSAMENTO.

 

 

Notas:

1- CAMELÔS. Workshop- Associação Viva o Centro -19/05/1994

2- COMÉRIO DE RUA: PROBLEMA SOCIAL? – Gazeta Mercantil – 04/01/1997

3– COMÉRCIO DE RUA –  Edison Farah –  02/12/2001